Aqui vai uma grande verdade: a paciência dos usuários da internet diminuiu à medida que a velocidade das conexões aumentou. Ninguém mais quer perder tempo esperando o carregamento completo de uma página.
Isso se aplica em especial aos mais jovens, que nunca precisaram enfrentar as antigas conexões discadas, já nasceram na era da banda larga e estão vivendo em tempos de 4G (e já já o 5G).
E é este o público que mais consome produtos em e-commerces e acessa redes sociais, que é um local excelente para a divulgação deles.
Uma pesquisa da empresa de cibersegurança Akamai, feita em parceria com a Forrester Consulting com 1048 clientes de e-commerces apontou os seguintes resultados:
- 47% dos entrevistados consideram que a página precisa carregar em até 2 segundos;
- 40% dos consumidores abandonam os sites quando levam mais do que 3 segundos para carregar;
- 52% revelam que a velocidade é um dos fatores que os fazem comprar sempre no mesmo site.
As políticas de ranqueamento do Google
O principal buscador estabeleceu muitas normas, cerca de 200, para definir quais sites vão aparecer no topo das listas de resultados, as SERPs. As principais regras têm a ver com a relevância, a adaptabilidade e a performance das páginas.
As páginas melhor ranqueadas precisam ter um conteúdo bem escrito e relacionado com as palavras-chaves da busca, precisa ser responsivo, ou seja, se ajustar automaticamente às telas onde são visualizados, o que é bom para quem as acessa por meio de um celular.
Segundo a pesquisa já citada, há dez anos atrás o tempo de carregamento aceitável pela maior parte das pessoas era de 4 segundos. Porém, este tempo diminuiu e hoje o Google privilegia os sites cujo carregamento não leva mais do que 2,5 segundos. O carregamento acelerado é uma das mais importantes estratégias de SEO (otimização para mecanismos de busca).
Para evitar que o seu e-commerce fique para trás no ranqueamento, fique atento ao conteúdo do seu site. Ele é o grande responsável pela rapidez ou lentidão.Conheça os fatores que influenciam na velocidade de download para o seu navegador.
Como os sites ficam lentos
Existem muitos motivos para que ele vá ficando mais demorado com o passar do tempo, se não for feita uma análise periódica. Os mais comuns são:
Imagens pesadas
Vídeos e imagens são os tipos de arquivos mais pesados. O desenvolvedor deve ter sempre isso em mente e, durante o planejamento, já pensar no que fazer para otimizar, como redução de altura, largura e formato digital mais leve.
O ideal é que as fotos sejam do tipo JPG. Já os objetos que fazem parte da própria estrutura da página, em PNG. Embora cada situação tenha que ser analisada em particular, a compressão é um recurso que pode ajudar muito na leveza. Há casos em que pode reduzir em até 80% o tamanho das imagens.
Para efetuar estas otimizações, existem ferramentas online para tratamento de imagens sem perda de qualidade: uma opção é o TinyPNG e o Online Image Optimizer.
Falta do lazy loading
É uma técnica que retarda o carregamento de itens não essenciais, até estarem completamente prontos para serem visualizados. Isto se aplica a iframes, vídeos e algumas imagens. É uma boa maneira de ganhar tempo e priorizar a emissão das principais informações.
Sem esse recurso, tudo é carregado ao mesmo tempo, não importando o peso ou a importância. Isso consome mais tempo. O lazy loading já funciona automaticamente na grande parte dos navegadores. Porém, se a página tiver um script que execute a ação, é melhor ainda.
Mau uso das webfonts
Os diferentes estilos de letra que aparecem num texto estão contidas em um arquivo que precisa ser carregado toda vez que a página é exibida, consumindo tempo. Cada tipo de letra possui um arquivo diferente. Então, quanto mais fontes diferentes existirem no seu site, mais tempo ele vai levar para carregar.
Então, o recomendado é escolher fontes de sistema para os seus textos, que são mais comuns e existem em praticamente qualquer computador, como a Arial e a Times New Roman.
Desvantagens da lentidão e benefícios da boa performance
Sites lentos dificultam a navegação do visitante. Se o portal em questão for um e-commerce, aí a situação é ainda pior. Além do posicionamento no Google cair, ele provavelmente vai desistir da compra e contraindicar para os conhecidos.
A demora em carregar afeta negativamente a imagem da marca, passando a impressão de desleixo da parte dos administradores web e desrespeito pelo consumidor. O prejuízo também fica na receita das suas vendas, já que para o cliente é muito fácil partir para o site do concorrente.
Agora, quando se dá atenção à fluidez do site, há vantagens. Veja :
- SERP: O posicionamento na página de resultados é melhorado;
- Tráfego: Uma pesquisa da Kissmetrics afirma que os sites lentos sofrem um risco 40% maior de perder visitantes do que um dentro dos padrões aceitáveis; então, se você deseja aumentar o tráfego e as conversões, acelere o site.
- Experiência do usuário: Quem visita o seu e-commerce quer agilidade, e isso faz parte de uma boa experiência de compra. Um site com carregamento otimizado fideliza o cliente e o faz recomendar sua marca.
Você vai perceber ao acessar. O tempo de carregamento é o indicador. Já deixamos claro que o tempo aceitável é de no máximo 3 segundos, pelo menos para que o conteúdo principal apareça. Se, para você, o site está muito devagar, então utilize uma das diversas ferramentas para medição e diagnóstico disponíveis na internet.
Todas elas funcionam da mesma maneira: inserindo a URL da página a ser testada. Em alguns instantes, a ferramenta retorna números e sugestões do que pode ser otimizado.
Conheça alguns dos sites para testes de velocidade:
Google PageSpeed Insights
Criado pelo Google, este recurso se baseia em métricas do Chrome UX (User Experience), relatório público criado pelos navegadores dos usuários que optaram por enviar estatísticas de uso. As informações exibidas são sobre a performance em tempo real do ponto de vista de usuários reais de desktops e mobile. É uma das mais usadas por pequenas e médias empresas.
GTmetrix
O GTmetrix tem a capacidade de analisar o site como se estivesse sendo acessado de diferentes países e com diferentes navegadores. Também é possível simular testes de redução de banda, para estudar o comportamento da página em conexões mais lentas.
WebPagetest
O Pagetest permite testes triplos de velocidade simulando acessos de outros lugares do mundo, como Estados Unidos, Índia e Canadá, com conexões de banda reduzida e aparelhos móveis e computadores tradicionais.
Google Test My Site
Dentre as mais de 200 políticas de ranqueamento do Google, está a adaptabilidade dos sites às telas de dispositivos móveis. O Test My Site é especialista em medição de velocidade para celulares e gera relatórios com apontamentos que ajudam na otimização para estes equipamentos.
YSlow
O Yahoo também desenvolveu a sua ferramenta de análise de desempenho. É um projeto gratuito e open source que retorna resultados com base nas suas regras de ranqueamento, que são 34 no total. O YSlow foi implementado inicialmente no Firefox, mas hoje é compatível com uma infinidade de browsers.
Outras ferramentas relevantes são:As análises podem trazer vantagens não só no carregamento, mas também para as funcionalidades internas, como vídeos e chats. Também é recomendado o uso do Google Lighthouse, uma ferramenta de código aberto capaz de fazer uma leitura de todo o conteúdo do site e avaliá-lo com uma pontuação entre 0 e 100 em cinco quesitos:
- Performance
- Acessibilidade
- Melhores Práticas
- SEO
- PWA (Aplicativos integrados à página)
Mas você já sabe o que fazer se o seu site não for bem avaliado nos testes? Existem certas medidas que devem ser tomadas para que sua marca não fique para trás na internet.
Como acelerar o seu site
Em SEO (otimização para motores de busca), a velocidade do site é fundamental para um bom posicionamento na SERP. É assim porque influencia diretamente na qualidade da experiência do usuário.
Sem dúvida é importante ter um conteúdo rico e relevante para os visitantes, mas isso pouco adianta se o site for lento e cheio de erros. Muitas vezes, a falta de paciência é maior do que a curiosidade de conhecer o conteúdo do site.
Quando se trata de um e-commerce, o prejuízo é grande, porque representa perda de venda e queda na reputação.
Outro bom motivo para se preocupar com a velocidade do site é que, atualmente, a forma mais comum de entrar na internet é pelos dispositivos móveis. No Brasil, segundo pesquisa do IBGE Tic Domicílios, mais de 58% dos acessos ocorrem exclusivamente a partir de celulares.
Em comparação com as conexões banda larga residenciais, o 4G não é tão rápido. Então, ter um site naturalmente veloz é interessante. Aqui vão algumas dicas para fazer suas páginas rodarem mais leves:
Reduza as imagens
Como são um dos arquivos mais pesados, uma excelente ideia é reduzir ou otimizar as imagens. Primeiramente, evite usar muitas sem necessidade, porque quanto mais imagens uma página contiver, mais tempo ela vai levar para carregar.
Além de diminuir a quantidade, procure compactá-las. Isso não quer dizer que vão perder qualidade. O Riot é um software que torna uma imagem mais leve sem prejudicar a aparência. Outras opções on-line são o Compressior.io e o TinyPNG. Além deles, o desenvolvedor pode usar o CSS Sprites, que consiste em agrupar várias imagens em uma única, poupando tempo do servidor para exibi-las.
Elimine o desnecessário
Excesso de arquivos CSS, muitas extensões e plugins vão consumir tempo. Use as ferramentas de análise que já mencionamos e determine quais elementos são realmente necessários. O PageSpeed Insights é o ideal para esta tarefa.
Monitore a velocidade sempre
Os sites de análise de velocidade não são feitos para serem usados uma vez e nunca mais. Elas precisam ser constantemente empregadas para que o site esteja fluindo bem sempre. Aproveite as dicas que os analisadores dão e faça ajustes.
Revise o código fonte
Todas as páginas são compostas por instruções que os servidores precisam ler, interpretar e exibir. Se elas foram escritas por um desenvolvedor, procure saber se o código pode ser simplificado para se tornar mais leve. Caso você mesmo tenha produzido o site, procure por espaços vazios no HTML e no JavaScript e elimine comandos “sobrando”. É recomendável usar programas específicos para compactar o código, como o HTML Minificador.
Use plugin de cache
A versão cache da página é uma cópia exata dela em certo momento. É um arquivo estático, ou seja, não sofre atualização, e fica armazenada no servidor para que seja exibida sempre que necessário. É uma maneira mais rápida de disponibilizar o conteúdo.
Plug-in é um aplicativo que envia instruções ao servidor para que mantenha à disposição uma cópia em cache, evitando desperdício de tempo com solicitações repetidas.
Fique atento à hospedagem
A empresa que armazena o seu site precisa contar com banda larga de alta velocidade e oferecer máxima qualidade dentro do tipo de hospedagem que você contratar, seja compartilhada ou dedicada.
Informe-se sobre a capacidade de processamento dos servidores. Ter um site leve e funcional é importante, mas o provedor também precisa colaborar. Aspectos como performance, estabilidade, disponibilidade e um bom suporte técnico são imprescindíveis para que você não tenha dores de cabeça.
Recapitulando, você deve se preocupar com a rapidez do seu site porque isso vai fazer com que você ganhe visibilidade e venda mais. Conte com profissionais qualificados para fazer isso por você.
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